quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Artigo: Canários !!

Canário

Nome científico: Serinus canariaReino: Animalia
Filo: Chordata  
                                                                                                                                              
Classe:Aves                                                                                                               
Ordem: Passeriformes
Família: Fringillidae
Género: Serinus
Espécie: canaria

Outros nomes

Canário-do-reino ou Canarinho

Origens

Esta ave tem origem nas ilhas Espanholas das Canárias, na costa ocidental do continente africano, sendo por esse motivo bafejadas com os ventos quentes que vêm do Saara. O tempo agradável que durante todo o ano abençoa este território pode ter tido influência para a sua sobrevivência neste arquipélago.
Quando os primeiros navegadores trouxeram este animal para a Europa continental, estavam muito longe de saber o que iria acontecer cinco séculos depois, quando o Canário se tornou uma ave de companhia em muitas habitações, principalmente no sul da Europa, nos países mediterrânicos, e no Brasil.
O belo canto do macho depressa cativou a atenção destes homens do mar, que prontamente capturaram os primeiros espécimes, para trazer na volta para casa.
No entanto, a ave que, em geral, conhecemos com esse nome já é uma mutação dos canários originais.
Os canários de forma e posição são também conhecidos por Canários de Postura e, em Portugal, Canários de Porte.
         As características principais dos canários destas raças relacionam-se com a configuração do corpo e a posição que assumem no poleiro.
            O canto, que em algumas raças é bastante apreciado e importante para a sua classificação, nestas quase nunca é referido por não constituir fator necessário ou fundamental.
     Os ingleses juntam a palavra Fancy a muitas destas raças a qual, não existindo uma tradução à letra para português, significará “artificial”, “fantasia”, isto é, obtida através de seleção cuidada.
No entanto, nos nossos dias, muitos criadores e estudiosos já não aplicam esta, designação.
     Os Canários de Forma e Posição dividem-se em dois tipos: Ingleses e Frisados.

                                   Canário Arlequim Português

            A origem das várias raças de canários é mais ou menos conhecida. Sendo o canário selvagem oriundo das ilhas Canárias, espanholas, Madeira e Açores, portuguesas, é estranho que existam algumas variedades de canários ingleses, espanhóis, franceses, italianos, belgas, suíças, alemãs e mesmo japonesas e americanas, e não tenha surgido, ao longo de séculos, uma raça portuguesa de canários.

Generalidades:

            O canário Arlequim Português é, essencialmente, um canário de desenho, policromo, vivo, rústico, alegre, que mantém a tradição da variedade de desenho, que existiu sempre nos ancestrais criados pelos passarinheiros.  
            No caso de vir a ser aprovado pela COM creio que deverá ser incluído numa secção próxima do Lizard, mas a decisão final terá de ser do Clube de Juízes.
            As exigências dos concursos e o desejo de dar origem a raças sofisticadas, quer no porte, quer no canto, quer na cor, conduziu ao desaparecimento do canário vivo e alegre que  se criava entre os amantes do animal em si e que cativava  as pessoas em geral que desejavam apenas ter em sua casa um canário para cantar.
         
            Muitos dos animais altamente classificados dos dias de hoje são pássaros tristes, deformados, diríamos quase estropiados, quando não votados ao enclausuramento em gaiolas minúsculas, vivendo no escuro, o que conduz ao canto dito suave que, na verdade, mais parece um canto triste. Em reacção a esta situação, os criadores espanhóis selecionaram o Timbrado, de canto vibrante, mas não atenderam, neste canário, à plumagem.
Canários de Cor I

            O canário selvagem é verde raiado de preto ou castanho. As penas da cabeça, dorso e lados têm veios escuros.
            As penas das asas e cauda são escuras.
            As cores escuras provêm de duas substâncias corantes chamadas melaninas, que estão armazenados nas células das penas sob a forma de grãos.
    Onde estes grãos estão mais juntos, as penas são mais escuras, e mais claras quando estão menos juntos.

Os tons pretos são dados por pequenos grãos castanho – escuro ou preto que se chamam eumelaninas.
 Os tons castanhos provêm de grãos castanho chocolate ou castanho-amarelado, que se chamam phaeomelaninas.

            Comparativamente ao pássaro domesticado, o canário selvagem tem igualmente riscas ao longo do corpo, pretas-acinzentadas e acastanhadas.
Nos canários selvagens é mais notória a diferença de sexos.
As cores dos canários são definidas, pois, por dois grupos de cores:
As “cores gordurosas“,
e as “cores melânicas“.

                                               O Tempo Disponível

            Dispor para o trato e manutenção do seu plantel deve ser compatível c

2008
om o número de pássaros que serão criados, evitando assim futuros problemas de manejo.
            Pois temos que lembrar que na época da cria o número de aves dentro do criador duplica e muitas vezes triplica, ocupando um tempo ainda maior do criador. Por exemplo, se o criador dispõe no seu dia de trabalho apenas do tempo suficiente para cuidar de dez casais, então que só crie dez casais.
            Pois se ultrapassar este número, você não poderá dar a atenção necessária a todas as aves: verificar os fundos das gaiolas, os poleiros, observar se nenhum filhotinho caiu do ninho, etc. Ou seja o rendimento do seu plantel vai cair e muito. É fato, que com o passar do tempo a prática vai aumentando e a facilidade para com o manejo do plantel também.
            Por isso aconselho aos iniciantes começarem sua criação com no máximo 10 (dez) casais, de forma que com este número vá adquirindo experiência no trato dos canários. Assim obtendo maiores resultados e satisfações com a sua criação.
            Para iniciar este assunto, o qual eu considero de extrema importância, devo alertá-los de que a superpopulação é fator prejudicial na criação de canários, acarretando uma significativa queda da fertilidade e da postura, como também aumentando o nível da mortalidade dentro do seu criador.
            Bom, de início vamos escolher o lugar onde serão instaladas as gaiolas de criação, considerando que este local deve ser um quarto ou cômodo com iluminação e ventilação bem satisfatórias, pois são quesitos fundamentais para manter a “boa” saúde das suas aves.
            A ventilação e troca de ar deve ser constante, evitando assim que as aves respirem o ar saturado, que é propício para a proliferação dos ácaros e consequentemente para o surgimento de doenças respiratórias. Não aconselho que o piso do criador seja feito de madeira e nem possua buracos ou fendas, já que estes são excelente morada para os piolhos, ácaros e microrganismos.
            O piso ideal é liso, facilitando a limpeza diária do criador. É bom lembrar que a visita de certos insectos, principalmente o pernilongo, é totalmente indesejável.
            Por isso o criador deve colocar telas na janela e nas saídas de ar para que os insectos estejam impossibilitados de a entrar ao criador. Mais uma vez falo a vocês sobre o grande problema da superpopulação, procure criar um casal de canários para cada metro cúbico do criador e não se esqueça de considerar em seu cálculo os filhotes que virão na época da criação.

Espaço Físico

            Para o iniciar este assunto, o qual eu considero de extrema importância, devo alertá-los de que a superpopulação é fator prejudicial na criação de canários, acarretando uma significativa queda da fertilidade e da postura, como também aumentando o nível da mortalidade dentro do seu viveiro.
            A ventilação e troca de ar deve ser constante, evitando assim que as aves respirem o ar saturado, que é propício para a proliferação dos ácaros e consequentemente para o surgimento de doenças respiratórias. Não aconselho que o piso do viveiro seja feito de madeira e nem possua buracos ou fendas, já que estes são excelente morada para os piolhos, ácaros e microrganismos.
            O piso ideal é liso, facilitando a limpeza diária do viveiro. É bom lembrar que a visita de certos insectos, principalmente o pernilongo, é totalmente indesejável. Por isso o criador deve colocar telas na janela e nas saídas de ar para que os insectos estejam impossibilitados de a entrar no viveiro “gaiola”
            Mais uma vez falo a vocês sobre o grande problema da superpopulação, procure criar um casal de canários para cada metro cúbico do viveiro, e não se esqueça de considerar em seu cálculo os filhotes que virão na época da criação.

                                                           As Gaiolas            

Depois de definido o local para a criação, o iniciante deve se preocupar então, com a compra das gaiolas. Para separar os casais para a criação, a gaiola mais indicada é a Argentina, a qual possui uma divisória que facilita a separação de filhotes para que a mãe inicie nova postura.
            Estas devem ser dispostas (penduradas) em suportes apropriados, os quais mantém as gaiolas afastadas da parede, posto que se um canário ingerir um pedaço de pintura poderá lhe causar sérios problemas de saúde ou até mesmo a morte.
            As gaiolas devem estar pelo menos a 30cm do chão facilitando assim a limpeza do piso. É bom dizer também que a gaiola de cima não deve ficar muito alta, pois isso irá dificultar o manejo que o criador terá com o ninho, na verificação dos ovos por exemplo.
            O iniciante terá de adquirir também, se possível, uma voadeira, na qual serão colocados os filhotes já separados dos pais. Atitude importante também é a aquisição de grades de fundo extras, isso facilita, e muito, na hora da lavagem das mesmas.
            No entanto se possuir gaiolas das quais sejam suficientes também poderá ter os pais nas suas de criação e colocar os novos numa só.
            No entanto aconselho anilhar todos eles por dois motivos;
  1. Se estiver com ideias de crescer ao seu número de casais para os anos seguinte não haja cruzamentos entre pais e filhos.
  2. Para saber ao certo no final de época quantos filhos tirou dos casais.

A Compra das Matrizes

            A formação do seu plantel deve ser tratada com atenção especial. O cuidado e a observação técnica na compra de qualquer ave são imprescindíveis para o sucesso da criação. Várias vezes já tive a oportunidade de me deparar com criadores iniciantes se queixando, pois haviam gastado uma verdadeira fortuna com aves para seu plantel, e no ano seguinte qual não foi a surpresa, lamentável!
            Não adianta apenas comprar exemplares de criadores renomeados, estes canários devem estar gozando de excelente saúde e apresentar qualidades técnicas dentro dos padrões exigidos. Está enganado aquele que pensa que os grandes criadores só possuem aves de excelente qualidade para a venda, sim eles possuem ótimos exemplares, mas também possuem aqueles pássaros que tecnicamente deixam um pouco a desejar.
            Bom, então quando for adquirir alguma ave para seu plantel tome muito cuidado e preste atenção nos seguintes itens:
    
Só compre canários os quais você tem certezas que possuem uma linhagem bem apurada, geneticamente falando. Procure informações sobre os pais da ave. Este detalhe é muito importante, pois comprando um canário dentro dos padrões você nem sempre está levando junto uma carga genética tão bela como toda aquela beleza estereótipo.
                   Analise bem o tipo do canário, seguindo rigorosamente os padrões da cor ou raça. Para isso é muito importante que você possua em suas mãos o manual de julgamento da OBJO.
                   A saúde do exemplar deve ser impecável, sendo que a barriga não deve apresentar nenhuma mancha escura. Observe patas e bicos.
                   Nas patas não devem ser notadas qualquer tipo de infecção micótica, as quais podem ser transmitidas para as aves do seu criador.
                   O bico deve ser levado junto ao seu ouvido, não podendo ser notado nenhum tipo de ruido em sua respiração. Notando uma respiração fraca poderá ser como por exemplo asma, e não sendo tratado a tempo é mortal.
                   Procure adquirir filhotes, pois os adultos que estão sendo vendidos (na maioria das vezes) não agradaram o criador em algum sentido.
                   Nunca adquira mais pássaros do que o espaço em seu criador permita, nem que consumam mais tempo para tratá-los do que você pode dispor.
            Além de seguir rigorosamente estes itens, você deve pedir o auxílio técnico de algum criador experiente ou até mesmo da diretoria técnica do seu clube.
            Esta ajuda será muito importante na sua escolha. Atitude importante também, é não ter pressa.
            Se naquele criador você não encontrou o pássaro ideal, não hesite em recusar, tenha coragem e diga NÃO!! Tenha um pouco mais de paciência e visite mais criadores.

 A Cria


              Enfim é chegada a grande hora!! Hora em que iremos preparar nossas aves para a temporada de reprodução.                 A época mais adequada para o início da cria começa a partir de Janeiro que ira até Setembro aproximadamente.  Procure já no mês de Dezembro separar os machos, deixando-os sozinhos em suas respectivas gaiolas de criação. Lá pelo dia 10 de Janeiro coloque a divisória na gaiola, deixando a fêmea no outro compartimento.  Comece a reparar no comportamento do casal, assim que você notar a simpatia entre eles.  Por exemplo, o macho alimentar a fêmea através da grade divisória é sinal de que está na hora!
Retire a divisória, coloque o ninho e ofereça constantemente fios de aniagem com o qual a fêmea irá construir seu ninho.
Repare que é muito importante que não falte aniagem para a fêmea, pois ela poderá atacar o macho atrás de suas penas.
           As fêmeas costumam botar de 4 a cinco ovos, os quais você deverá substituir por um índex (ovinho de plástico), no quarto dia de postura junte-os de volta  ao  ninho para  que assim a fêmea possa chocá-los.
            Entre o quinto e o oitavo dia de choco você deverá verificar se os ovos estão fecundados (cheios).
            Para isso é necessário que você construa um ovoscópio, que pode ser feito com uma caixa velha ou então uma lata. Aproximadamente no 13º dia os ovinhos eclodiram.
            Nos primeiros 7 dias de vida é aconselhável que o criador utilize o auxílio de uma papinha própria para alimentar os filhinhos, isso porque é a faz mais crítica na vida deles, e qualquer ajuda que vier de fora será de muita importância. Lá pelo 6º ou 7º dia de vida devemos anilhar o filhote.

Anilha
O anel é importante pois nele estão gravados o seu número de criador, o número do filhote e o ano em que ele nasceu.
            Estes anéis são fornecidos pela FOB, e podem ser encomendados em seu clube. Bom, para anilhar o filhote precisa-se ter muito cuidado pois eles ainda estão muito frágeis nesta época. O anel deve ser introduzido na pata do filhote passando-se primeiramente os três dedinhos dianteiros, ficando o dedinho traseiro junto à canela do filhote.         Este passa pelo anel logo em seguida.
                        Tome cuidado, procure anilhá-los se possível no final da tarde, pois a fêmea pode estranhar a anilha jogando o filhinho para o fundo da gaiola.
            Se isto acontecer camufle o anel com uma fita adesiva (esparadrapo).
            Após aproximadamente uns 15 dias os filhinhos já estarão quase cobertos pelas novas peninhas. Está quase na hora de separá-los da mãe.
            Espere eles saírem do ninho por vontade própria, coloque a divisória da gaiola, deixando um poleiro bem baixinho e junto da grade divisória, para que os pais possam alimentá-los. Ao mesmo tempo, troque o forro do ninho por um bem limpo, pois com certeza a fêmea iniciará uma nova postura em breve!
            Coloque no lado da gaiola em que ficaram os filhotes um potinho com sementes e outro com farinhada, e fique observando se eles já estão se alimentando sozinhos.

2010
A partir deste momento, você já poderá separá-los dos pais, mas tenha muito cuidado! Tenha certeza de que o filhote está se alimentando direito. Coloque-os em uma voadora, acumulando no máximo de 15 a 20 filhotes em cada uma, para que os jovens canários possam fazer seus exercícios de voo livremente.  E não se esqueça de oferecer banho a ele.

Esperança de vida

O tempo médio de vida destes animais é de cinco anos. Normalmente, é uma perda sentida pela família, principalmente porque se habituou ao cantar do macho, e de repente vai sentir a sua falta. Esteja preparado para essa eventualidade.

CASAL DE CANÁRIOS GLOSTER

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